Embora não esteja entre os
evangelistas e nem sequer tenha sido um dos 12 apóstolos, Paulo de
Tarso é tido como um dos maiores intérpretes do cristianismo. Suas
epístolas, escritas enquanto estava na prisão como cristão
perseguido, foram incorporadas à Bíblia e permanecem um grande
instrumento difusor da doutrina cristã entre os povos não-judaicos.
Mas será que a pregação de Paulo é a mesma de Jesus? Há vários
indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou, em
nome do Messias, uma doutrina falsificada.
Paulo, nascido
Saulo, em Tarso, na Ásia Menor, servia aos romanos como uma espécie
de agente policial. Ele fazia investigações para descobrir os locais
de reunião dos nazarenos – como eram chamados os primeiros
seguidores de Jesus–, para prendê-los e supliciá-los. Anos depois da
crucificação de Cristo, numa de suas incursões ele teria tido uma
visão do Messias e se convertido. Foi aceito pelos nazarenos e com
eles estudou durante quase três anos. Paulo começou, então, a
divulgar a doutrina, mas com diversas mudanças. Os nazarenos se
opuseram a essas alterações, o que culminou com a sua expulsão.
Várias vozes já alertaram sobre a falsidade da obra de
Paulo, entre elas a do profeta da não-violência Mahatma Gandhi e a
do teólogo alemão Albert Schweitzer, prêmio Nobel da Paz em 1952.
“As Epístolas são uma fraude dos ensinamentos de Cristo, são
comentários pessoais de Paulo à parte da experiência pessoal de
Cristo”, escreveu Gandhi. “Paulo nos mostra com que completa
indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada”, escreveu
Schweitzer.
Muito do conteúdo das epístolas está claramente
em oposição à doutrina de Jesus. Isso ficou evidente após o
descobrimento de escrituras autênticas e completas dos ensinamentos
de Cristo: o Evangelho dos Doze Santos, encontrado em 1850 no
Tibete; o Evangelho Essênio da Paz, achado na Biblioteca do Vaticano
em 1925; e os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em 1945 numa
caverna do Oriente Médio, com os ensinamentos dos essênios que
viveram nos séculos I e II. Comparemos algumas das palavras de
Jesus, segundo o Evangelho dos Doze Santos, com as palavras de
Paulo, segundo suas próprias epístolas:
Escravidão – Jesus:
“Protegereis o fraco (...) Deus mandou-me ajudar os quebrantados,
para proclamar liberdade aos cativos”. Paulo: “Escravos, sejam
obedientes a seus mestres, com temor e estremecimento, assim como a
Jesus”. (Efésios 6) “(...) Se seu proprietário é um cristão (...)
devem trabalhar mais duro porque um irmão na fé está lucrando com a
labuta”.
Vegetarianismo – Jesus: “Não comereis a carne nem
bebereis o sangue de nenhuma criatura abatida (...) Porque das
frutas das árvores e das sementes das ervas Eu partilho somente”.
Paulo: “Aqueles cuja fé é fraca comem somente vegetais”. (Romanos
14)
Remissão dos pecados – Jesus: “Nenhuma oferenda de
sangue, de besta, de pássaro ou de homem pode tirar o pecado. Como
pode a consciência ser purgada de pecado pelo derramamento de sangue
inocente?” Paulo: “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei,
se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há
remissão (...) O sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si
mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa
consciência.” (Hebreus 9)
Celibato – Jesus: “O casamento deve
ser entre um homem e uma mulher, que por perfeito amor e simpatia
são unidos; e enquanto o amor e a vida duram, como deve ser em
perfeita liberdade. (Quando tinha 18 anos, Jesus foi casado com
Míriam, uma virgem da tribo de Judá, com quem viveu sete anos).
Paulo: “Quero que todos os homens sejam como eu sou”. (Celibatário)
(I Coríntios 7:7)
Discriminação da mulher na Igreja – Jesus:
“Em Deus o masculino não é sem o feminino, nem o feminino sem o
masculino (...) Deus criou a espécie humana na divina imagem macho e
fêmea (...) Assim devem os nomes do Pai e da Mãe ser igualmente
reverenciados (...) Deixai-os escolher, dentre eles mesmos, homens e
mulheres (...) que exercerão o sagrado ministério”. Paulo: “E não
permito que a mulher ensine”. (Timóteo 2:14) “A cabeça de todo homem
é Cristo; a cabeça de toda mulher é seu marido.” (Efésios 4)
Nada mais verdadeiro que as palavras de Jesus: “Homens de mentes
perversas, por meio de ignorância e malícia suprimirão muitas coisas
que vos tenho falado e atribuirão a mim coisas que nunca ensinei.
Porém (...) as coisas que esconderam serão reveladas (...) e a
verdade fará livres aqueles que estavam presos”.
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Superinteressante
- novembro 2001
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