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Nossa
história:
Nos chamamos: Ellen e José Luiz, somos naturais de São Paulo/SP. Fomos Testemunhas de Jeová por muitos anos e em maio de 1997 pedimos nossa dissociação. Saímos da Organização,
pois não agüentávamos mais as pressões e humilhações as quais éramos
submetidos. Tudo porque resolvemos denunciar as irregularidades que haviam
dentro de nossa congregação. A
partir do momento que começamos a questionar e denunciar fatos que
atingiam não só nossa pessoa como também outras, passamos a receber
punições, perseguições, opressões e ridicularizações. Muitas
dessas degradações ocorriam por parte do ancião presidente. Isto porque
denunciamos a família de seu pupilo e amigo pessoal e que
também era ancião. No
principio esse ancião mostrava-se leal e disposto a ajudar. Reunimos
provas dessas pessoas que trazia discórdia na congregação, expusemos os
prejuízos que eles causavam a outros, como forjar provas fraudulentas –
muitas delas desmascaradas – tudo para conseguir a desassociação de
seus desafetos. Eram inúmeras as armações, mas, mesmo com todas essas
evidências, juntamos provas documentais irrefutáveis!!!! Porém, todo o
trabalho foi em vão. Esse ancião desaparecia com as provas e até mesmo
entregava para nossos desafetos!!!! E o pior de tudo isso era que o que falávamos ou apresentávamos virava-se contra a gente. Cansados
de lutar contra as injustiças e tendo a certeza de que nada do que fazíamos
surtia efeito, resolvemos pedir a dissociação. Entregamos nossas cartas,
pois todos nossos esforços para que se fizesse a justiça foi posto por
terra e além do mais não tínhamos mais forças para continuar
combatendo o mal que ali existia e já estávamos cansados demais de
sofrer tanta injustiça. Porém,
nossa saída ainda não satisfaria a esse ancião, precisaria ainda mais.
Foi então que no mês de setembro/98, dois anciãos recém-designados nos
procuraram para nos oferecer ajuda. Vieram
em nossa casa com a justificativa de que precisavam do nosso testemunho e
informações para concluir o caso e dar a punição a quem merecia de
fato e a justiça seria feita mesmo que custasse o cargo de anciãos
influentes da congregação!!! O
discurso foi convincente, aceitamos participar dessa reunião. E sem nos
aperceber fomos atraídos para uma armadilha. A reunião não era para nos
ajudar e sim para nos julgarem – era uma Comissão Judicativa!!!! Ao
entrar na sala vimos esse ancião que tanto tentou nos prejudicar. Ele
estava de cabeça baixa o tempo todo e a comissão estava formada pelos
anciãos recém-designados. Ele era o único experiente desse grupo, porém
o mais despreparado dos anciãos começou a ler um texto sobre desassociação;
ele nem esperou a gente sentar. A pressa era tanta para liquidar o assunto
que eliminaram qualquer protocolo. Foi
então que interrompemos o que esse ancião estava lendo e lhe dissemos
que não participaríamos daquela palhaçada!!! Fomos embora sem esperar o
que eles tinham para dizer. Uma
semana depois do episódio voltaram em nossa casa para falar com meu
marido e como não o encontraram ficaram cercando o quarteirão. Ao vê-lo,
o pararam na rua próximo a nossa casa
e o informaram de que tínhamos sido desassociados e que se fosse
de nossa vontade que recorrêssemos. Dentro do carro ficaram e nele foram
embora como se nada tivesse acontecido. Nunca
em nossa vida tínhamos ouvido algo semelhante para um comunicado de uma
desassociação e muito menos ser desassociados sem uma Comissão
Judicativa. Era inédita aquela situação!!! Mais
inédito ainda foi o surgimento de quatro anciãos de outra congregação,
dizendo que estavam em nossa casa para nos defender na 2ª Comissão
Judicativa. Ficamos pasmos. No principio recusamos a ajuda, depois eles
nos convenceram a contar nossa história e após ouvirem ficaram
convencidos de nossa inocência!!! Por
fim participamos dessa 2ª Comissão Judicativa em 15/11/98, fomos ouvidos
por 15 minutos cada um e com os anciãos da nossa congregação
despenderam um tempo de 1 hora. E nesse meio tempo saíram dessa reunião
para nos mandar embora, pois a conversa seria longa!!! Logo percebemos a
manipulação do caso!!!!! Fomos
embora sem ser escutados devidamente!!!! No dia
29/11/98 estes mesmos anciãos que tomariam conta do nosso caso estiveram
em nossa casa para nos comunicar o resultado da Comissão. E ao
perguntar-lhes sobre o motivo de nossa desassociação, nos responderam
que foram muitos motivos e que eles mesmos não podiam nos dizer. Como
alguém é desassociado e não é lhe comunicado o motivo? Isto não
existe!!! Até hoje não sabemos qual foi o motivo da desassociação, a
única coisa que nos foi dita é: “Deixem isso para lá, um dia os que
fizeram coisas erradas irão pagar. Basta confiar em Jeová”. E foram
embora sem mais explicações!!!! Antes
que o anúncio oficial fosse realizado procuramos o Superintendente de
Circuito para contar todas as injustiças que estávamos sofrendo. Para
nossa surpresa, ele nos respondeu que não iria nos escutar e muito menos
pegar nossas provas documentais, pois o assunto estava resolvido e se
estivéssemos incomodados que procurássemos a Justiça Humana,
pois, ele tinha
coisas mais importantes a fazer do que perder tempo com isso. Nesse
momento ele nos deu as costas e foi embora com a consciência mais tranqüila
do mundo. A
partir daí, tivemos a certeza que a mentira prevaleceu sobre a verdade.
Usaram meios ilícitos, desumanos e degradantes para conseguir provas
fraudulentas, sem que os réus (nós) tivéssemos conhecimento dos fatos
imputados!!! Afirmamos,
portanto, que em todo o tempo que fizemos parte dessa Organização foram
usados artifícios para que a justiça não fosse realizada, onde
deturparam falas e argüições com o intuito de induzir ao erro,
mostrando assim uma conduta criminosa. Muitos
de nós somos induzidos e obrigados a admitir erros ou coisas não
praticadas para que os verdadeiros culpados não paguem por muitas vezes
pertencerem à dianteira. E automaticamente somos forçados à condenação
pré-determinada, para que esses protegidos não precisem admitir seus
erros, sua arbitrariedade, suas injúrias e fraudes, tudo para que não
sejam expostos publicamente seus atos parciais e no mínimo incompetentes
para dirigir um caso ou uma
Congregação e por fim não perderem seus cargos de prestígios, pois
lhes rendem uma posição de destaque. Para nós
restou a desolação, fomos colocados à posição de criminosos,
execrados em praça pública. Submetidos a comentários maldosos!!! Uma
coisa é certa: É impossível sair dessa Organização sem que haja seqüelas
ou traumas propriamente dito. Muitos de nós na busca da verdade nos deparamos com três estágios:
PARALISIA: a sensação de impotência é maior, e atreveríamos a dizer, quase um instinto de sobrevivência. É nesse estágio que muitos de nós passamos ou ainda muitos passam, pois, assim como os animais paralisam-se para manterem-se vivos, assim ocorre conosco quando vemos que os esforços dessa luta estão sendo em vão. Vem à tona nesse exato momento, o lado sombrio e desumano, dessa luta desigual. Pesamos na balança nossos conflitos pessoais que viveremos após a saída da Organização, que são eles: a) Perda de amigos queridos que nos repudiarão quando colocarmos nossos pés para fora da Organização; b) Tratamento desumano; c) Por último o mais aterrorizador: Como será a minha vida fora da Organização?!?! Este último item é o mais pesado dos fardos, pois, tanto tempo enclausurado mentalmente pela Torre resulta em medo da LIBERDADE E O QUE FAZER COM ELA e como lidar com situações no mundo lá fora onde não existe alguém que nos diga o que devemos ou não fazer. Do mesmo modo se dá com um prisioneiro que passou a vida inteira cumprindo pena e ao sair não sabe o que fazer com sua liberdade e muito menos que caminho seguir! E todos aqueles que se libertaram da Torre viveram esse dilema, tiveram que aprender a caminhar novamente enfrentando seus medos e exorcizando seus próprios demônios. Pois, até então, caminhávamos e pensávamos conforme a Torre. O pânico de passar por essas experiências traumáticas e que nos provocam sofrimentos e angústias nos privam muitas vezes de prosseguir a jornada da Libertação, afinal de contas, não é fácil passar por isso sem nenhum arranhão. Mas não podemos deixar que o nosso coração calejado por tanta opressão vista e até mesmo vivenciada seja ainda mais ferido e machucado. Não podemos parar de buscar a justiça e a verdade, é ela que nos conduz a total Liberdade. Assim sendo, podemos afirmar com todas as letras que nos tornamos vítimas emocionais da Torre, pois, a cada dia que passa pessoas são bombardeadas pela "verdade absoluta" - ditas pelo CORPO GOVERNANTE que ferem muitas vezes o nosso modo de pensar. Situações essas difíceis de lidar, principalmente quando não vemos saída para tal situação colocada pelo CORPO GOVERNANTE. Esses conflitos internos produzem em nós efeitos negativos, tais como: sensação de impotência, depressão, estresse, ansiedade... Sentimentos esses que nos colocam cada vez mais dependentes da Organização, onde só no aconchego de suas muralhas encontraremos a salvação. Será isso verdade? Fomos e muitos ainda são prisioneiros da consciência, nosso medo de abandonar a Deus nos tornam mais culpados, o que resulta na privação da Liberdade em relação à Torre. Pois, o CORPO GOVERNANTE funde a Organização e Deus, tornando-os como uma única partícula inseparável. Ir contra a Organização é ir contra Deus. Mais uma vez perguntamos, será isso verdade? Acreditamos que não, pois, o Corpo Governante não pode afirmar ser "o dono da verdade". Na melhor das hipóteses deveriam dizer que vivem em busca da verdade, este seria o melhor caminho. Porém, acreditamos que existe solução para todos esses males provocados por essa Sociedade, da qual muitos de nós fomos e muitos ainda continuam sendo vítimas. Essa cura está em nosso alcance, trata-se das muitas Home Pages tais como as do Cid, Odracir, Osarsif, Don Lucca, Luis Lopes, Beto e outros de excelente teor que nos oferecem uma única coisa primordial: A VERDADE! Quem viveu situações tenebrosas dentro da Organização como nós, podem afirmar que os relatos são fielmente descritos, para que não haja dúvidas. Eles nos devolvem a paz de espírito, a coragem, a dignidade e a oportunidade de viver novamente como seres humanos livres e vencedores. Todos os caminhos a serem seguidos são válidos (religiosos ou não), o importante de tudo isso é que: dogmas humanos e arbitrários, baseados em individualismos acabem, pois, afastam pessoas umas das outras em prol do nada. É o que a Torre fez e faz com muitos que tentaram a Liberdade ao se dissociarem ou até mesmo aos que foram desassociados!!! A
Torre em nome da "pureza espiritual da Organização" ataca
qualquer pessoa que se mostre avesso às suas idéias ditas como certas e
providas por Deus, qualificando-as como pessoas de " pouca ou
sem nenhuma fé"! Promove ela (Torre): ódios, rancores, mágoas
pessoais entre seus adeptos, em nome do que e de quem?!?! Esperamos que em um dia bem próximo novas luzes venham brilhar e que a Torre traga novas esperanças com a verdadeira justiça e que esse tempo sombrio que foi para muitos de nós faça parte de um passado remoto. E
ainda esperamos viver para vê-lo e quem sabe ver alguns membros que ainda
farão parte dessa Organização vivendo em harmonia e paz entre si e com
outros que não compartilham da mesma religião. Ellen
e José Luiz
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